Por que cães e gatos não tem escorbuto?

O escorbuto em cães e gato: escorbuto, é uma doença histórica e, em muitos aspectos, enigmática, que assolou marinheiros e exploradores durante séculos, deixando um rastro de sofrimento até que sua causa fosse desvendada: a deficiência de vitamina C.

Contudo, é intrigante notar que, enquanto seres humanos e outros primatas são vulneráveis ao escorbuto, cães e gatos são notavelmente imunes a essa condição, e se você chegou aqui sem saber Por que cães e gatos não tem escorbuto, prepare se, pois o salvepet preparou um artigo curto que descreve de forma suscita sobre esse assunto curioso.

Escorbuto em cães e gato-A Importância da Vitamina C no Organismo

A vitamina C, ou ácido ascórbico, é uma vitamina hidrossolúvel essencial para várias funções fisiológicas nos mamíferos.

Entre suas funções mais cruciais, destaca-se o papel na síntese de colágeno, uma proteína estrutural vital que dá força e elasticidade aos tecidos conjuntivos, incluindo pele, cartilagens, tendões e vasos sanguíneos.

O colágeno é essencial para a cicatrização de feridas e para a manutenção da integridade dos vasos sanguíneos. Veja também: Novo: 10 Alimentos Tóxicos para Gatos atualizados

Além disso, a vitamina C é um antioxidante potente, protegendo as células contra os danos causados pelos radicais livres. Ela também desempenha um papel na síntese de neurotransmissores e na modulação do sistema imunológico.

Portanto, a deficiência de vitamina C pode levar a uma série de problemas de saúde, culminando na condição conhecida como escorbuto.

Mas, por que cães e gatos não têm escorbuto, apesar de suas necessidades fisiológicas? A resposta está em sua capacidade de sintetizar vitamina C endogenamente.

A Capacidade de Biossíntese de Vitamina C em Cães e Gatos

Cães e gatos, assim como a maioria dos outros mamíferos, têm a capacidade inata de sintetizar vitamina C internamente, especificamente no fígado. Talvez você goste de: Padaria pet: veja as curiosidades desse mercado em 2024

Essa capacidade é resultado da presença de uma série de enzimas que convertem a glicose em ácido ascórbico. A enzima-chave nesse processo é a L-gulonolactona oxidase, que catalisa o passo final da biossíntese de ácido ascórbico.

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O gene responsável pela produção da L-gulonolactona oxidase está presente e ativo na maioria dos mamíferos, incluindo cães e gatos. No entanto, esse gene está inativado em humanos, outros primatas, e algumas espécies de morcegos e peixes.

Essa mutação genética que inativou a L-gulonolactona oxidase ocorreu em um ponto da evolução dos primatas, levando à perda da capacidade de sintetizar vitamina C endogenamente.

É por isso que cães e gatos não têm escorbuto, pois sua fisiologia permite que eles produzam essa vitamina vital em quantidades adequadas.

Essa mutação significa que os primatas, incluindo os seres humanos, devem obter vitamina C de suas dietas para evitar a deficiência.

Em contraste, cães e gatos podem produzir a vitamina em quantidades suficientes para atender às suas necessidades fisiológicas, o que os protege do escorbuto, mesmo na ausência de vitamina C na dieta.

A Evolução da Biossíntese de Vitamina C

A capacidade ou incapacidade de sintetizar vitamina C internamente é um exemplo fascinante de como a evolução molda as características bioquímicas das diferentes espécies.

A perda da capacidade de sintetizar vitamina C nos primatas pode ter sido um efeito colateral de pressões evolutivas que não exigiam mais essa habilidade, possivelmente devido a uma dieta rica em frutas, que são naturalmente abundantes em vitamina C.

Entretanto, essa dependência dietética da vitamina C deixou os humanos vulneráveis a períodos de escassez, como os experimentados por marinheiros em longas viagens oceânicas, onde frutas e vegetais frescos não estavam disponíveis.

Em contraste, a capacidade de biossíntese presente em cães e gatos representa uma vantagem adaptativa significativa, permitindo que essas espécies prosperem em uma variedade de ambientes e dietas, sem a necessidade de fontes externas de vitamina C.

Esta habilidade responde à questão de por que cães e gatos não têm escorbuto, mesmo em condições adversas.

A Influência da Dieta na Saúde de Cães e Gatos

Embora cães e gatos possam sintetizar vitamina C, isso não significa que sua dieta seja irrelevante para sua saúde. A alimentação balanceada continua sendo essencial para o bem-estar geral desses animais, fornecendo os nutrientes necessários para o crescimento, manutenção e funções corporais.

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Dietas comerciais para pets são formuladas para garantir que todos os nutrientes, incluindo vitaminas e minerais, sejam fornecidos em quantidades adequadas. Conheça os Tipos de Ração para Cachorro: Guia atualizado em 2024.

Porém, em situações de estresse, doenças ou durante o crescimento rápido, a demanda por vitamina C pode aumentar. Nesses casos, a suplementação pode ser benéfica, embora a produção endógena de ácido ascórbico geralmente seja suficiente para evitar deficiências graves.

A Relevância Clínica da Vitamina C em Cães e Gatos

Por que cães e gatos não tem escorbuto?

Embora Escorbuto em cães e gato não seja uma preocupação direta, a vitamina C ainda desempenha um papel importante em sua saúde.

Por exemplo, em condições de estresse oxidativo elevado, como doenças crônicas ou inflamações, o papel antioxidante da vitamina C pode ser crucial para proteger os tecidos contra danos.

Estudos sugerem que a suplementação de vitamina C pode ter efeitos benéficos em cães e gatos em situações específicas, como em animais idosos ou em recuperação de lesões, pois o escorbuto em cães e gato não é um problema, mas a suplementação nesses casos, melhora o estado geral dos animais nas condições citadas.

No entanto, como esses animais já produzem vitamina C, a suplementação deve ser feita com cautela e sob orientação veterinária, para evitar o risco de superdosagem ou interferência com a biossíntese natural.

Escorbuto em cães e gato- A Sabedoria da Natureza

A capacidade de sintetizar vitamina C é um exemplo impressionante de como a natureza adapta organismos às suas necessidades específicas e ao ambiente.

Enquanto os humanos e outros primatas evoluíram em um ambiente onde a vitamina C estava amplamente disponível na dieta, cães e gatos mantiveram a capacidade de produzir essa vitamina essencial internamente.

Esse mecanismo bioquímico não só protege esses animais de condições como escorbuto em cães e gato, mas também lhes confere uma resiliência nutricional crucial para a sobrevivência em ambientes variados.

Essa capacidade, portanto, é a resposta clara para a pergunta: por que cães e gatos não têm escorbuto?

Entender essas diferenças não só nos ajuda a cuidar melhor dos nossos pets, mas também ilumina a complexa tapeçaria da evolução que moldou as características únicas de cada espécie.

Em última análise, a ciência por trás da síntese de vitamina C em cães e gatos destaca a elegância com que a natureza encontra soluções para os desafios da vida, explicando de forma clara e conclusiva por que cães e gatos não têm escorbuto.

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